A Declaração Universal dos Direitos da Água (ONU, 1992) diz que a água “… é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.”
Hoje, o sistema de abastecimento é um processo custoso e pouco eficiente. Somente em Porto Alegre, no ano de 2022, houve 31% de perdas (Dados Gerais 2021, DMAE). Ou seja, a cada 10 litros, 3 foram perdidos ao longo do caminho.
Por isso, precisamos mudar a forma de abastecer nossos empreendimentos.
Cerca de 27% do consumo domiciliar é destinado a bacias sanitárias.
Fontes alternativas podem abastecer esse e outros consumos como lavagem de pisos e automóveis e irrigação.
Sistema
O sistema de aproveitamento de água da chuva resumidamente possui as seguintes fases:
- Captação
- Reservação
- Tratamento
- Distribuição
Captação
A captação de água da chuva pode ocorrer por diferentes superfícies, sendo a mais comum a de telhado.
O material da superfície de captação interfere na eficiência do sistema uma vez que o revestimento absorve água, assim, nem toda água precipitada sobre a área de captação é aproveitada.
Percebe-se, logo, que a escolha do revestimento da superfície de captação é uma estratégia de projeto.
Reservação
O item mais importante.
A reserva garante o estoque de água dos dias que chovem para compensar os dias secos, dessa forma, é imprescindível dimensionar corretamente os reservatórios.
Por outro lado, considerando o sistema como um todo, a implantação de reservatórios é o custo mais representativo, o que limita economicamente adotar reservas superdimensionadas.
A reserva, via de regra, define a eficiência do sistema e a viabilidade financeira.
Exemplo
Vamos supor que um empreendimento esteja captando 10.000 litros.
- Se o reservatório for de 5.000 litros, o empreendimento não estará armazenando todo o volume captado. Logo, o sistema será menos eficiente.
- Se o reservatório for de 15.000 litros, como só há captação de 10.000 L, o reservatório estará superdimensionado, causando custos adicionais.
Na prática, o cálculo é mais complexo.
NBR 15527
Uma das críticas sobre a versão NBR 15527-2007 era sobre as orientações de metodologia de cálculo dos reservatórios, pois as seis formulações indicadas geravam resultados divergentes.
Com a versão de 2019, a norma retirou as seis metodologias e apenas deixou a critério do projetista escolher a metodologia de dimensionamento. Na prática, os projetistas dimensionam sistemas pelas formulações da versão anterior da norma.
Metodologia
A Aresta Verde realiza estudos de viabilidade técnica e econômica para aproveitamento de água da chuva.
Evidenciamos os requisitos de tratamento, indicamos a economia na conta de água e estimamos os custos de implementação.
Dimensionamos os reservatórios pelo método de simulação, ou seja, analisamos o real comportamento do sistema com base em dados históricos de precipitação. Dessa forma,
Entre em contato para saber como realizamos nossos estudos.